segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As expectativas que chamamos de Amor

Ao criarmos um conceito sobre o Amor, inevitavelmente criamos expectativas que provavelmente não serão correspondidas.
Criar conceito sobre o que é Amor, retira as possibilidades que estão fora do conceito, e isto gera divisão e o que gera divisão gera dois pólos que podem ser compreendidos entre sim e não.
Expectativa é um termo que significa: esperança fundada em promessas, direitos e probabilidades.
Isto significa que tudo que está fora das promessas, dos direitos ou probabilidades, está fora das expectativas. O que significa que o que está fora das expectativas está fora do conceito de Amor.
Em outros termos, o que conhecemos, entendemos ou imaginamos sobre a expressão Amor, são meros conceitos e que, baseado em nossa realidade individual, exclui as probabilidades do que é o conceito de Amor do outro, baseado no conceito real dele.
Confuso?!
E é, porque o que acreditamos que é Amor, é baseado em um emaranhado conceito de expectativas emocionais.
E toda vez que dizemos ou acreditamos no Amor, estamos acreditando nas expectativas que atribuímos ao conceito de Amor, e não na realidade da expressão.
Logo, toda vez que não sou correspondido no meu conceito de Amor, então não amo, ou acho que o outro não ama.
É por isso que é tão conflitante entendermos a idéia de Amor, dissecada e praticada pelos mestres espirituais, com aquela imputada pelos nossos pais e sociedade que é recalcada num conceito de expectativas.
Porque a primeira é a prática do Amor em vida e na vida, enquanto que a segunda é a expectativa do Amor sem vida na vida.
Praticar o Amor é algo que se realiza integralmente, segundo a segundo, sem conceitos ou expectativas. É vivenciar a emoção, o sentimento, a expressão da palavra pelo espírito, pela alma, pelo corpo. Isto é muito "distante" de nossa realidade fictícia do que é Amor.
Expectar o Amor é algo que se imagina integralmente, segundo a segundo, justamente por ser só conceitos, suposições, tratados e probabilidades sem vivência ou prática. É somente expectativas, fantasias ou uma vaga intenção de descrever a emoção. Isto é muito mais "próximo" de nossa realidade prática do que é Amor.
Praticar o Amor não é distante de nós, mas o tornamos quase inatingível devido a confusão que criamos ao acreditarmos nas expectativas ao invés da realidade.
Portanto toda vez que estivermos em expectativas nunca estaremos no Amor. Estaremos na angústia, na dor, na doença, no conceito e tantos outros sofrimentos, mas nunca no Amor de Rei. O Amor coroado!
Não existe juras de Amor, as juras são de expectativas.
O Amor não se jura, não se promete, ele é.

O Silêncio é organização

O silêncio é um tipo de organização, que tem importância chave na vida do ser.
Assim, como é importante organizar a mente, os pensamentos, também organizar os sons é importante. Porque aquilo que jogamos para fora é barulho, é lixo, é intranqüilidade. Aquele que se volta para a própria mente percebe, que ela está ansiosa por falar, se manifestar, se afirmar. Ela é um ego ardiloso, se travestindo de sabedoria, mas é somente para chamar a atenção. O importante é percebermos as manifestações do ego, do orgulho e o destruirmos.
Porque a mente tagarela é barulho, mesmo que fale coisas coerentes e bonitas, ela é um orgulho querendo se aparecer, mas também obstruir o propósito da alma.
O barulho atrapalha o raciocínio puro e objetivo, e nos impede de ver, nos atrasa para o verdadeiro propósito, que é a atitude correta de pensar e falar e agir.


Por isso, uma mente barulhenta é desorganizada. Uma mente silenciosa é organizada. Mas o silêncio não é mais virtuoso do que o barulho, ele é um recurso de organização do ser. O silêncio traz a organização, faz esta situação, mas o ser é livre desta obrigação. Senão, seria esforço, e esforço é desgaste.
Não é prudente se desgastar para silenciar. É importante compreender a natureza do barulho e organizá-la, daí o silêncio se manifesta, como parte da organização mental.
Portanto, eu sou a manifestação do silêncio ou do som, em mim e no outro.
É bom raciocinar e saber que, todas as palavras que estão em mim são minhas e de mais ninguém. Eu sou o dono destas palavras, destas frases, destes raciocínios. Isto é meu, ninguém deve ouvir ou se interessar por isto, porque o que é música para mim, para meus ouvidos, é barulho para o outro.
As palavras são de interesse meu, unicamente e exclusivamente meu. Todas às vezes que tento falar ao outro, que tento explicar ao outro, estou apenas fazendo barulho. Nossos egos estão tão inflados que não nos interessa as lições do outro. Não porque ela não tenha valor, mas porque ela não tem mais valor que a minha lição. O meu egoísmo ignora a verdade e importância do outro, então não consigo ouvir nem entender aquilo que ele está transmitindo.
Portanto, se eu não tenho amor para ouvir, não terei para falar. Se eu não tenho o que ouvir, então, todo som será barulho, e se eu só tenho ouvidos para uma coisa só, eu não posso evoluir.
Sendo assim, minhas conquistas, meus conflitos são somente barulhos, como aqueles existentes na savana africana, podem ser de vida ou de morte, não importam são apenas barulhos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu sou a Grande Resposta do Mundo!

O mundo fora de mim é uma grande farsa!
O mundo exterior se manifesta através de mim!
Eu Sou a Grande Resposta do Mundo!

Não espero que você compreenda estas três afirmações com a mente linear, com a mente afetiva, com a mente egoísta, mas esta é a compreensão de uma grande verdade.
Para se adentrar na essência desta visão e sentir a manifestação da verdade é preciso se penetrar no eu próprio.
Quando eu nasci, tanto nasci para o mundo, quanto o mundo nasceu para mim. Quando morrer, tanto morrerei através do mundo, quanto o mundo morrerá através de mim.
Mas nenhum deixará de existir por si mesmo, porque ambos são a manifestação da mesma coisa, do mesmo princípio e essência.
Um pensamento é manifestação de mim, assim como eu sou manifestação de pensamento.
Você pode fechar seus olhos e o mundo externo deixa de estar em você. Você se imagina com uma roupa branca caminhando com os pés descalços pela areia da praia e sente o vento acariciando seu rosto. Sente isto de verdade. Esta força não tocou sua pele, sua carne, mas se manifestou na sua mente, seu mundo particular, onde você pode tudo! É Deus em você mesmo!
Percebe que você criou a vida e tudo que podia ao seu redor, mas esteve dentro de você.
Então, você se abandona e vem para fora, abre os olhos e vê o que o seu medo criou!
E o que seu medo criou?
Só você sabe o mundo que você criou ao seu redor. Mas tudo o que há nele se manifestou através de você!
Talvez, o seu medo de ser agredido é tanto, que você interiorizou a raiva e responde a tudo e todos com raiva e repressão! É quase totalmente certo que as pessoas próximas a você o insultam, o reprimem, ou detestam seu jeito e freqüentemente se afastam de você. É bem certo, também, que você atraia pessoas, que compartilham este medo com você. Todos, estamos representando algo, para não externarmos a intolerância ao outro e a nossa própria.
Está é a primeira grande Verdade:
O mundo fora de mim é uma grande farsa!
É um fantástico video-game em três dimensões e você, ou eu, somos os protagonistas deste jogo.
Percebe que aquele caminhar na praia, estava dentro de você e aquelas emoções que você sentiu, no momento em que se projetou lá, eram somente dentro de você.
Só você sabe o mundo que criou lá e as emoções que sentiu.
Será que sentiu paz, ansiedade, amor, alegria?
O que você sentiu naquela praia?
Se você sentiu amor é provável que ele exista em você! Se sentiu paz é provável que ela exista em você!
E por que, talvez, ela não se manifeste na vida fora, no mundo exterior?
Ora, esta é outra grande verdade:
O mundo exterior se manifesta através de mim!
Ainda que sinta a paz e saiba que ela existe dentro de você, aquele medo de ser agredido, através da raiva é o que você mostra fora, ao mundo. E o mundo te dá agressividade de volta.
Ele te dá o medo de volta, ele te dá tudo o que você acredita e joga para fora, de volta.
Não se pode jogar uma bola de basquete na parede e esperar que volte flores. A parede devolverá a bola de basquete inevitavelmente, esta é a lei.
Porque ele se manifesta através de você e de mim.
O mundo exterior é só outra projeção de nossas mentes.
Há duas razões para esta lei.
A primeira, é para nos mostrar que, o que estamos recebendo é o que estamos dando. Por mais que parece absurdo!
A Segunda, é para entendermos que o que estamos recebendo é porque estamos dando desta forma e devemos entender “por quê” estamos dando desta forma.
E esta é a outra grande verdade:
Eu Sou a Grande Resposta do Mundo!
Se o mundo é uma farsa e se expressa como eu o desejo, então, eu tenho que dar uma resposta positiva para o mundo, caso o contrário, se a resposta ao mundo for sempre de egoísmo, ele será um mundo sempre de egoístas.
Você espera que o mundo te dê a Grande resposta, mas é você a Grande Resposta do Mundo!
Você é Grande Resposta do seu Mundo e o seu mundo é a resposta do mundo todo.
Se o seu mundo é de conflitos internos, esta é a sua resposta ao mundo externo. Se o seu mundo é de medo, apego e desconfiança, esta é a sua resposta ao mundo.
Nenhum técnico que não acredita no seu atleta, promoverá um campeão.
Um bandido quer amor, mas só responde com agressão e medo ao mundo, e o seu mundo é uma ruína constante só.
Uma prostituta quer amor, mas só dá o desprezo ao seu próprio corpo para o mundo, e o seu mundo é um vazio profundo só.
Não percebem que eles são a Grande Resposta do mundo e podem ser amados a qualquer instante, mas primeiro precisam se amar e ser a Grande Resposta do Mundo deles, e então, todo o resto vêm, serão abraçados pelo mundo todo em troca.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Mudança requer adaptação!

A “Crise de Abstinência” é uma autodefesa do organismo. É a fase fundamental que todos os indivíduos que estabelecem mudanças em suas vidas precisam passar.
Toda mudança requer adaptação, e isto exige tempo para a reorganização mental e física, para que não se despenque no vazio de si mesmo.
Ao deixar rotinas e hábitos para trás eu estabeleço pontos de vacuidade no meu ser e, se não estiver atento, qualquer coisa preencherá esta vacuidade. Inclusive os velhos hábitos ou rotinas, tentarão se acomodar dentro do meu vazio deixado.
A crise de abstinência é um recurso do conjunto alertando a falta de algo, quer seja bom ou ruim.
Ainda que, comumente, a palavra “abstinência” tenha uma conotação pejorativa, até mais usada para vícios maléficos, como o álcool ou drogas, o fato é que nos viciamos em tudo nesta existência.
Viciamos em afeto, em dinheiro, em comidas, em tristezas, em sorrisos, etc.....
Tudo aquilo que acontece de forma freqüente e periódica em nossa vida, e não conseguimos frear estas ocorrências, pode ser entendido como um vício, codependência.
E, todas às vezes, que eu teto frear ou mudar os rumos, para que esta codependência seja rompida, eu precisarei de um período de readaptação na mente e no ser físico, porque eu estabeleci uma certa vacuidade na minha vida, e esta vacuidade deve ser compreendida como “vazio”. E como nosso ser não foi preparado para compreender  este “vazio”, ele instintivamente busca o preenchimento automático, ainda que seja voltando aos velhos padrões e hábitos.
Esta situação é válida desde um simples café matinal até uma determinada emoção e comportamento, até o uso de drogas ou conflitos afetivos.
Todas as situações que não conseguimos mudar estão estabelecidas no vício.
Para mudar o vício é preciso preencher a vacuidade primeiro, porque depois que o “vazio” se estabelecer, não sentirei desespero ou medo, pois saberei a importância e o valor deste vazio e saberei apreciá-lo.
Na crise de abstinência devo persistir, pois o que seguirá será um grande vazio, e neste vazio poderei colher a paz.
Depois do vazio, estarei preenchido de mim e não de vícios e medos. Não há o que temer no vazio, e sim o que vem antes do vazio.
O que vem antes do vazio é o terror, a autodefesa para a desistência, mas a persistência, vence o medo, fura as trevas e inunda de vazio aquilo que é cheio de ilusão. E a ilusão nada mais é do que outro abismo de nada. Só que aqui cheio de mentiras e tormentos, e ali cheio de vida e paz.

sábado, 6 de agosto de 2011

O Dia em que me curei

Sete semanas eu pensei
Sete semanas eu precisei para pensar
E pensei tudo o que podia pensar
O que era meu e o que era do mar
Pensei tanto até cansar
O pensamento, pensou até parar
Não reprimi, nem o pensar
Nem seus pensamentos
Simplesmente pensei até me esgotar
Pensei que morreria
Mas só fiz foi brotar
Pensei que viveria
Mas morri só de pensar
Quando voltei já era tarde
Não havia mais ninguém
Ninguém para confiar
Mas todos me olhavam
Diziam que eu estava louco
E Eu estava!
Louco para Amar

(Vagner Rodrigues – 04/11)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Maior Mergulho de todos!

Uma pessoa está à beira de um precipício, prestes a dar um mergulho. Respira fundo, pensa:
_ Agora não vou voltar atrás, devo pular! Dane-se!
E pula!
No maior mergulho que poderia alguém dar na sua vida...

Às vezes, a única coisa a fazer, em nossa vida, é pular e fazer o maior mergulho de todos. Depende de nós esta decisão, mas, às vezes, é a única coisa que precisa a ser feita, em nossa vida, para uma transformação profunda e verdadeira.
Quando se chega ao ponto de mergulhar para o precipício é porquê o vazio interior já está pedindo esta entrega do Eu.
Mesmo que a vida esteja repleta de contextos e afazeres, o que são coisas ilusórias, o Eu está vazio de si e precisa de um mergulho mortal para o vazio da queda.
Esta é uma analogia com o “salto mortal” em si, não deve ser interpretada em nível do corpo, porque o corpo é apenas um veículo e muito sugestionado pelo ego. O salto real, verdadeiro e transformador é quando mergulhamos para dentro de nós.
Dado o medo que temos, o enfrentamos no desespero e mergulhamos no vazio que está instalado na mente, mas que é preenchido de ilusões tantas.
Nosso ego nos preenche de ilusões, até ilusões de que estamos nos tornando mais espiritualizados, e se nos convencemos disto (e isto faz parte da estratégia de autodefesa do ego) fatalmente seremos derrubados, em algum momento, e até poderemos pensar que fracassamos no mergulho.
Mas isto foi só um gesto egoíco de auto-preservação, e deve ser transcendido imediatamente, para sairmos da zona de conforto da auto-piedade, ou da angústia, o que nos poderá levar a um processo de depressão maior do que antes.
Cair e levantar, faz parte do jogo, não podemos nos esquecer disto, nunca, porque senão, ficaremos estatelados no chão, conformados e satisfeitos com os limites do ego.
Por isto o “maior mergulho de todos” é este que nos despenca para dentro de nós mesmos, de uma forma que não podemos ver o fim da queda, mas que também já não importa mais isto, pois já estamos no desapego de tudo.
O que nos condena é a vergonha da queda, porque nos julgamos prepotentes, mesmo sabendo que não, e aí é que vemos pessoas a fazerem a viagem sem volta do corpo físico.
Na verdade elas já haviam se confrontado no vazio de si, mas optaram  pela morte física, por estarem tomadas de tanto pavor e medo.
Foi uma escolha! E deve ser respeitada e compadecida por nós.
Mas ela poderia Ter mergulhado em si mesma.
Seria uma escolha pela vida em si mesma!

Ficar em pé requer insistência

Ao cair, mais uma vez, eu me levanto e insisto. Como a criança que está aprendendo a andar.
Por que, quando a criança está aprendendo a andar, nós não a criticamos, e tantas vezes a motivamos a se levantar e persistir? Por que na vida, não continua assim?
Somos todos crianças adultas, vivendo em nossas infâncias. Mas agora, algum senso comum, reivindica a perfeição, o acerto, o imediatismo.
 Em cada etapa da vida, ainda estamos aprendendo a andar, estamos dando os primeiros passos. E isto, requer insistência!
Na verdade estamos falando de nossa consciência, que ainda está engatinhando. E está mesmo. Se ela fica em pé uma vez, não quer dizer que está preparada para andar!
E assim que estamos confiantes e caímos, não devemos chorar e nos desmotivar. E sim, entendermos que a lição não acabou. Há algo a aprender ainda.
Há que se levantar outra vez, confiar e agir. Sabendo que a queda está em jogo e é possível de acontecer, mais uma vez.

“Não é o tombo, nem levantar que importa.
É a vontade e a persistência que rompe os dois estados!”

Cair e levantar é do jogo!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não há tarde da noite na vida!

Não há tarde da noite, o que há é dia e noite!
Na vida o que há é noite sem luz ou dia escuro. Não há: “ é tarde para se fazer isto ou aquilo”.
Quase freqüentemente estamos ouvindo as pessoas mais velhas dizendo que já estão velhos para fazerem certas coisas na vida.
Isto, lamentavelmente, é uma insanidade.
O que é ser velho para algo?
Você diz que porque seus cabelos esbranquiçaram você está velho(a); porque seu corpo já não é tão flexível você está velho(a); porque sua pele está enrugada você está velha e não pode começar nada de novo em sua vida.
Ora, o que está velha e enferrujada é sua mente, porque é ela que comanda a sua vida e seu corpo. É ela que determina o que você não deve fazer, não deve começar, não deve arriscar, não deve terminar. Ela também que diz que está tarde, que não há mais tempo ou que o tempo já passou.
O tempo está sempre passando e ainda assim nunca se acaba, enquanto nós não acabarmos primeiro. E sempre haverá mais tempo em nossa vida, o que não há é a relação nossa com este tempo que nos sobra. Porque já não sobra nada mais de nós quando a fase da juventude física se transforma e chega a fase senil.
Mas se você acha que pode exercitar seu corpo, é porque sua mente ordena isto, então, você também pode exercitar sua mente, porque a mente também ordena a mente.
Uma mente desordenada não coordena nada na vida de forma consciente.
Por isto, eu acredito que você não está velho ou velha para nada, apenas para reclamar, mas isto já fizemos a vida toda. Reclamar e abrir mão de nós mesmos, já fazemos desde crianças e é muito provável, que envelhecemos só por fora, mas quem ainda se manifesta por dentro é a criança interior. E esta, quando é incitada a amadurecer, percebe o quanto ainda pode ser feliz e fazer coisas nesta vida e já nem percebe mais o tempo que há fora dela.
Eu lhe convido e apoio, viva sua vida, ainda que seja noite. Faça suas vontades antes que chegue zero hora e tenha que passar pelo processo de um outro dia repetido, tudo outra vez, quando ele podia ser diferente e muito mais divertido e cheio de coisas novas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Só o Amor Vence o Iludido

A falta de amor próprio, da auto-estima, favorece a ilusão sobre si mesmo e sobre o mundo exterior, além de promover o medo dentro e fora.
Mas o que é Medo?
Por que o medo existe?
Aprendemos que o medo existe para nos proteger das situações de risco de morte, das situações em que não podemos compreender os resultados adiante e outras situações. Isto é "para que" o medo existe!
Mas é difícil definir medo estando inserido no contexto do égo e da condição humana. Isto porquê, o medo é uma aramadilha do égo!
Se adentrarmos no espírito do Eu, na natureza divina do Eu e ali vivenciarmos a dimensão que este Eu espiritual tem, veremos que ali não existe medo, ali só existe amor por tudo e por todos. É um Amor multidimensional, que não tem limites nem início.
Mas assim que retornamos para o égo humano, já sentimos as manisfestações da armadilha do medo em nosso corpo físico. São as reações químicas do corpo expressando as armadilhas mentais que estamos condicionados. Neste instante exato, se pudermos congelá-lo perceberemos que aí, está a ausência de Amor próprio e divino. Aí, está a manifestação da doença através do Égo.
O Amor próprio vence o egoísmo que é impregnado de medo e é iludido pelo égo e suas convicções mesquinhas sobre o mundo e as coisas.
No estado de dominação do égo, tudo é ilusão e nós somos os iludidos.
Tanto somos os iludidos, quanto podemos iludir. Este é o estado de mentiras e mentirosos, e facilmente podemos nos enganar pelas aparências das coisas, das pessoas, emoções e suas personalidades.
No estado de dominação do espírito, tudo é amor e nós somos a irradiação do Amor!
Tanto somos os amados, quanto podemos amar. Este é o estado da verdade em todos e tudo, e dificilmente seremos enganados pelas aparências das coisas, das pessoas e dramas emocionais das suas personalidades.
O Amor vence a nós mesmos primeiro. O Amor vence a nós mesmos em relação ao mundo. Porque o Amor é a origem do espírito, ele é a fonte de onde provém o espírito. Mas para compreendermos o Amor temos que voltar à fonte, à origem de tudo, que é o espírito absoluto.
Esta jornada não é inglória e só nos trará a verdade sobre tudo e todas as ilusões que nos aprisiona e distancia da felicidade.
Mas esta benção só pode ser alcançada quando Eu estiver objetivado pelo amor e auto-estima, daí o meu amor vencerá o "iludido" que é o meu égo.

sábado, 9 de julho de 2011

Jesus era Humano

Jesus não era Deus
Jesus era um Homem Divino

Jamais entenderemos os ensinamentos de Jesus enquanto olharmos para ele, na forma de Deus.
Jesus foi homem e o que fez foi da capacidade humana, senão, seus ensinamentos e exemplos não serviriam de nada, porque seriam capacidades impossíveis de serem conseguidas para o homem comum.
Nós é que temos a estupidez de endeusar seus atos. Ora, Jesus sabia das limitações humanas, pois era sábio, não poderia nos propor palavras que menosprezassem nossa limitação.
Não poderia, um herói, dar exemplos possíveis e concretos de serem atingidos por outro humano.
Deus seria extremamente sádico, se enviasse seu filho, com seus super poderes para ensinar o homem comum. Também seria estúpido, já sabendo da incapacidade humana, de jamais conseguir se divinizar; por que ele mandaria seu filho para sofrer, por uma espécie estúpida e limitada?
Seria como se pegássemos um peixe e tentássemos ensiná-lo a falar. Não nos parece um raciocínio lógico e inteligente. Nem Jesus seria tão estúpido de morrer afogado tentando ensinar o peixe a falar. Mas nós acreditamos nisto! É um menosprezo a inteligência de Jesus Cristo!
Jesus foi um homem divino e nos ensinou esta natureza. Foi transcendente e sábio e nos ensinou a natureza do divino. “Vós sois deuses”, dizia.
Por sua natureza divina ensinou a sermos humanos.
Por sua natureza humana ensinou a sermos divinos.
Por nossa natureza egoísta ensinou a eternidade.
Por nosso imediatismo ensinou o despojar.
Por nossa fraqueza ensinou a fé
Por nossa imaturidade e covardia, nos ensinou o amadurecimento e a responsabilidade sobre nossa vida.
Tudo isto com um novo conceito que encerrava o respeito por si mesmo e pelo próximo e batizou isto, com a palavra Amor.
Nós deturpamos seus gestos e palavras, por poder e preguiça.
Jesus foi um Homem Divino e ainda assim não entendemos nada do que ele disse, imaginemos se ele tivesse sido realmente um Deus na Terra, o que teríamos fantasiado então?
Se mesmo sendo homem, esperamos que ele voltará um dia e nos salvará a todos, o que seria se ele fosse um Deus na Terra?
Jesus nos ensinou o despertar e nós insistimos em permanecer deitados no sono imaturo do egoísmo, do medo e do apego.

Tudo já está dito!

Não há o que se falar para ninguém.
Não há o que se ouvir de ninguém.
O outro já sabe tudo que precisa saber.
Se não sabe, então, nada do que eu disser
Terá importância para sua ignorância
E eu estarei sendo arrogante!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Amargo da Vida

A vida não é amarga
A vida é saborosa

Não existe amargo ou doce, existe sabor.
Quando esperamos das coisas um sabor único, aquilo que nos vem é contrário, é experimentado como ruim, mas quando não criamos expectativas e deixamos o paladar a mercê do saborear, aquilo que nos vem não encontra contrário, porque é experimentado com o sabor que tem.
Quando tomamos um café e esperamos seu gosto doce, mas ele não está adoçado, o sabor amargo intensifica na boca e imediatamente o rejeitamos. Mas quando tomamos um café, e sabemos que seu gosto virá sem açucar, aquel gosto forte deixa de ser ruim, e seu amargo fica saboroso. Ele continua café e amargo, mas não ruim e sim saboroso.
Esta lição do café é para os acontecimentos da vida. Não existe ruim, nem triste, nem amargo, o que existe na vida são sabores e experiências.
Não existe morte nem vida, não existe rico ou pobre, o que existe é abundância ou ausência de dinheiro, ausência de vida ou ausência de morte.
A morte pode ser uma experiência tida em vida. Não a morte do outro, mas a própria vida pode estar morta. Isto é ausência de sabor!
A ausência de expectativa perante as coisas pode nos tornar menos instáveis de sentimentos e emoções, consequentemente, nos tornar mais receptivos aos sabores da vida.

domingo, 3 de julho de 2011

Amar é questão de exercício

O amor verdadeiro exige disciplina e prática constante.
Como o atleta precisa se exercitar diariamente para manter a forma física, o amor verdadeiro requer esta atenção constante na disciplina e prática.
A disciplina orienta a atenção para amar, constantemente, sem ceder aos sentimentos mesquinhos que são incessantes e incansáveis.
A prática orienta para a ação de amar, constantemente, sem ceder à preguiça, aos medos e sentimentos mesquinhos que nos retraem diante dos acontecimentos adversos da vida, do cotidiano.
Quando se orienta para as ações, passamos do amor inerte para o amor vivo que é a manifestação e ele será colocado a prova frequentemente, e só aí poderemos perceber o que é amor e o que é egoísmo e orgulho.
Mas a prática não sobrevive sem a disciplina, e sem a disciplina não podemos desenvolver o hábito de amar. O hábito de achar que já amamos, isto, já fazemos e podemos perceber que é pequeno demais. Este hábito é comum às pessoas e vemos que ele não tem dado frutos bons e quando o faz, é a muito custo e sofrimento e não perpetua.
A prática e disciplina colocam o amor na condição de "ação". Sem disciplina e prática o amor é "reação", é espera, é desconfiança, é apego. E isto, é o que vemos por aí, em todos os cantos do mundo, em quase todos os lares.
Isto é assim, porque aprendemos que Amar é algo que acontece pelo olhar, pelo toque de pele, pelo roçar dos lábios, pelo gesto do outro em que nos coloca primeiro a ele ou ela. Isto é romance, atração, ilusão, apego, desejo e egoísmo.
Chamam as reações químicas do corpo, à estes sentimentos, de amor.
Isto nunca foi, nem será Amor.
As religiões são culpadas de exaltar esta ilusão e orgulho, em cerimonias suntuosas de casamento, mas vazias de comprometimento e de amor.
Mas amar começa no exercício constante e determinado de vencer a si mesmo nos desejos e orgulhos que se orientam pelos estímulos externos.
Amar começa no derrotar a si mesmo na prática e disciplinas constantes.
Isto é uma questão de exercício e não de acasos.
Um dia, até será uma questão de inspiração, mas até lá, é uma questão de exercício.